A maioria das famílias sabe que é cada vez mais importante planejar seu futuro financeiro – e os pais estão sempre preocupados em garantir os filhos, sua educação, seu lazer, sua trajetória pessoal. Mas, na prática, poucos sabem por onde começar.
No topo da lista do seu plano está, com certeza, um ensino de qualidade. Quanto mais cedo você começar a trabalhar nesse sentido, melhor, pois a maioria das crianças começa na creche, com meses de vida, e levam pelo menos uns 20 anos estudando. É preciso computar o ensino formal (a escola em si), além de gastos extras: cursos de línguas, livros, material didático, aulas de informática, uniformes... Um bom roteiro a seguir é o seguinte:
-- faça seu planejamento com um objetivo. Exemplo: garantir a educação do filho até o final da faculdade
-- não comprometa mais que 25% do seu orçamento
-- aplique um percentual de todas as receitas extras que tiver com esse fim: 13º salário, férias, bônus, rendimentos de aplicações financeiras
-- nunca lance mão desses recursos para outras finalidades (esse deve ser um dinheiro intocável)
-- negocie com a escola de seu filho um pagamento anual antecipado com um gordo desconto (afinal, você tem uma poupança para isso!)
-- não se esqueça, também, de fazer pequenas poupanças e de ensinar isso aos seus filhos desde pequenos. Você pode, por exemplo, por na poupança R$ 5,00 por dia, R$ 150,00 por mês. Isso significa, em 20 anos, R$ 36 mil, fora os rendimentos mensais. Você pode poupar esses R$ 5,00 por dia economizando água, luz, telefone, almoços fora de casa e evitando gastos por impulso
-- mantenha sempre seu orçamento na ponta do lápis, numa planilha ou mesmo num caderno de anotações: isso ajuda a visualizar onde se pode fazer economia
-- procure não ficar inadimplente: juros podem corroer uma boa parte dos seus ganhos
-- negocie bons descontos para pagamentos à vista
-- no dia a dia, mostre para o seu filho como você guarda dinheiro para a educação dele: isso também faz parte do “trabalho” dos pais. Incentive-o a poupar e a ser financeiramente independente, principalmente a partir da faculdade
Ou seja, planeje, poupe e, principalmente, lembre-se de que educação financeira deve ser ensinada em casa, em família. Para isso, dê bons exemplos: evite comportamento consumista, ensine-o a resistir aos desejos para comprar o necessário.
Além disso, dê-lhe noção de caro e barato; mostre-lhe sua lista de compras e como se faz para não comprar itens supérfluos fora dela. Mostre as contas de luz e como elas ficam menores quando se faz economia (nas férias, por exemplo, quando vocês viajam). Por fim, institua uma mesada, e ajude-o a administrá-la – ela é um instrumento importante para se aprender a lidar com dinheiro.
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