agosto 28, 2013

Banco Central reduz exigência para envio de informações por instituição financeira

O Banco Central divulgou Circular e Carta Circular com o objetivo de racionalizar a coleta de informações junto a instituições financeiras. As medidas fazem parte do “Otimiza BC”, programa que tem como meta reduzir custos do sistema financeiro.
De acordo com nota divulgada pelo BC, a Circular 3.665 determina que as instituições financeiras estão dispensadas do envio bimestral de informações sobre o direcionamento de recursos para microcrédito e sobre operações de crédito consignado.
Já a Carta Circular 3.610 dispensou a remessa mensal das Informações Complementares ao Balancete (ICB), em que constava o número de funcionários, de agências, de diretores e de contas movimentadas e não movimentadas.

Em ambas as situações, a dispensa terá vigência a partir de 1º de janeiro de 2014, quando essas informações passarão a ser obtidas em outros sistemas já em operação no BC. A forma, os prazos e condições para a remessa dessas informações serão determinados pelo Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro (Desig). 

agosto 22, 2013

Pequena empresa mantém acesso ao crédito, garante o BC

As pequenas e médias empresas continuarão a ter acesso a empréstimos, apesar das novas regras para concessão de crédito estabelecidas pelo Banco Central. Quem garante é o BC, que desde o final de março exige menos capital dos bancos que emprestam para companhias com dívidas bancárias acima de R$ 100 milhões.
A decisão preocupou as empresas de menor porte que, a princípio, ficaram receosas de ter menor acesso aos empréstimos. A preocupação tinha como origem os efeitos da mudança: antes, um crédito de R$ 100 a qualquer tipo de empresa entrava no cálculo de ativos ponderado pelo risco como R$ 100 e pela nova regra o empréstimo para grandes empresas passou a ser contabilizado como R$ 75, exigindo portanto menos capital próprio das instituições. Para as demais companhias o cálculo não foi alterado.

O Banco Central garante que não há motivos de preocupação para as pequenas e médias em consequência da nova norma, já que “a regra de ponderação de risco para essas exposições permanece inalterada”. Como adendo para tranquilizar o mercado, o BC ampliou o porte das empresas que se enquadram na categoria “varejo”, que têm ponderação de risco de 75%. Passaram a ser enquadradas nesse grupo as companhias com receita anual de até R$ 3,6 milhões, em comparação aos R$ 2,4 milhões fixados anteriormente.  

agosto 15, 2013

Banco Central prevê ligeira queda na oferta de crédito

O Banco Central prevê que a oferta de crédito para pessoas físicas deve ficar mais restrita no terceiro trimestre, enquanto a demanda e a aprovação devem crescer. As variações, no entanto, serão pequenas, segundo estimativas do diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, com base em levantamento realizado com 46 instituições financeiras.
As operações para consumidores levadas em conta pelo BC são cheque especial, crédito pessoal, financiamento de veículos e cartão de crédito.
O indicador do Banco Central em relação ás perspectivas do crédito é expresso em uma escala que varia entre -2 e 2 pontos, com -2 indicando mais restrição. Com base nessa escala, a demanda por empréstimos ficou em 0,06 pontos, indicando aumento da procura. Pelo lado da oferta, o índice foi negativo em 0,07 ponto.

Entre os indicadores, o que mostra perspectiva negativa é o crédito para grandes empresas, que nos três itens avaliados (oferta, demanda e aprovação) mostrou variações negativas. Para as micro, pequenas e médias a previsão é de restrição na oferta (-0,38 ponto) e melhora na demanda (0,50) e na aprovação de crédito (0,08).

agosto 07, 2013

Número de famílias com dívida tem queda, mas valor médio aumenta

O número de famílias endividadas recuou, mas o volume das dívidas aumentou. A constatação é de pesquisa nacional da FecomércioSP, que mostrou dados sobre endividamento dos brasileiros em 2012, em comparação ao ano anterior.

O percentual de famílias com dívidas caiu no Brasil, de acordo com o levantamento, de 62% para 59% no período. No entanto, o valor médio real da dívida mensal dessas famílias aumentou 7,6%, passando de R$ 1.812 para R$ 1.950.

A pesquisa mostrou também que  os índices de inadimplência das famílias e o de comprometimento de renda média mensal familiar ficaram praticamente estáveis. No indicador contas em atraso das famílias, a oscilação foi de 23% em 2011 para 22% em 2012, e a taxa de renda comprometida com o pagamento de dívidas ficou perto de 30%.

O estudo da FecomércioSP revelou também que a cidade de São Paulo tem o maior volume de dívidas das famílias, com um total de R$ 3,6 bilhões, crescimento de 15% na comparação com o ano anterior. Palmas, em Tocantins, foi a cidade com maior variação: 43%, somando um total de dividas de R$ 59 milhões.

Quando o critério é o valor da dívida por família, a liderança é de Florianópolis, com  média de R$ 2.505, contra R$ 2.228 no ano anterior. Também estão no alto do ranking Vitória, com R$ 2.499 (o valor era de R$ 2.329 em 2011) e Belo Horizonte, com R$ 2.476 (em comparação a R$ 2.302 no ano anterior).