abril 28, 2011

Consumir em excesso faz mal a saúde

Quantas pessoas você vê no dia-a-dia comentando que comprou isso e aquilo e saiu nas nuvens. Não é raro ter conhecidos que compram impulsivamente tudo o que vêem pela frente. Os motivos são muitos: curar a depressão, comemorar, nervosismo no trabalho, aproveitar o preço mais baixo ou simplesmente por acreditar que merece um presente. Cuidado! Comprar coisas que não serão usadas porque estão baratas ou porque teve um dia estressante, é o primeiro passo para se tornar um consumidor compulsivo.

Da mesma forma que nas propagandas de bebidas existem os alertas sobre os problemas do consumo excessivo, deveria haver um “use com moderação” no seu cartão de crédito. Sair por aí gastando impulsivamente faz bem na hora que o cartão passa na maquininha ou quando você volta cheio de sacolas e presentes para casa. O problema surge no dia do vencimento da fatura do cartão de crédito... Se você tem arrepios no momento em que o documento do banco chega à sua casa, algo está errado! 

Para aproveitar o melhor do seu cartão, gaste apenas o valor que pode pagar e não o limite total concedido. Senão tem “maturidade” para controlar o gasto, reduza o limite do cartão para o valor que tem condições de honrar todo o mês. Pagar o cartão em dia, evitando juros e multas, já é um bom começo.
Antes de consumir, mesmo que sejam aquelas prestações pequenininhas, em dez vezes sem juros no cartão, pense bem. Realmente há necessidade desta compra? Pergunte-se: vou usar isso? Existem casos de pessoas que compram coisas que nunca irão usar somente para aproveitar a tal promoção ou para passar aquela angústia e tristeza... Não! Este tipo de comportamento não vai resolver seus problemas! Ao contrário, seus problemas vão aumentar quando chegar a hora de fechar o orçamento e ver que as receitas e despesas não bateram!

Como limpar seu nome

Uma conta de telefone esquecida, um cheque que voltou ou situações em que não é possível liquidar todas as contas. São inúmeras situações que podem levar o consumidor a ter o seu nome negativado. Neste caso, aumentam as dificuldades de comprar a prazo, usar o talão de cheque, alugar um imóvel e fazer qualquer financiamento. Ter o “nome sujo” torna até mais difícil conseguir liquidar as contas.

Para quem ingressou na lista de negativados por falta de pagamento, o primeiro passo a ser dado é buscar a regularização de dívida, seja através do pagamento à vista ou por um novo parcelamento. O importante neste caso é ser pró-ativo e interessado em resolver o problema. Ligue para a empresa, negocie a sua situação, pois se estiver com o nome sujo, não conseguirá tomar recursos de outros lugares para resolver o problema. Lembre-se, que nenhum dos lados está interessado no não pagamento da dívida. Ao quitar o valor ou renegociar a dívida, a própria empresa se encarrega de retirar o nome do cadastro. Uma dica é sempre manter em mãos o documento que comprove essa regularização, para evitar problemas futuros.

No caso daqueles que têm títulos protestados em cartório e nem sabem quem os protestou, o primeiro passo é buscar essa informação e localizar o credor. Tal dado pode ser obtido junto ao cartório que emitiu o protesto. A segunda medida é a negociação e o pagamento do valor devido. Após quitar o débito, dirija-se ao Cartório de Protestos, tendo em mãos o título de dívida original, com carimbo do protesto. Ao ser cancelado o protesto, o próprio cartório se encarregará de tirar o nome dos serviços de proteção.

Recuperando cheque sem fundo

Quando o nome constar do cadastro de emitentes de cheque sem fundos (CCF), a primeira medida recomendada é se dirigir até a agência em que tem conta corrente e regularizar a situação, ou seja, comprovar o pagamento do cheque que deu origem à concorrência.

Senão souber quem está de posse do cheque, peça uma microfilmagem do mesmo. Também pode ser encaminhada à sua agência uma carta do credor, com firma reconhecida e a certidão dos dez cartórios de protestos. Após a regularização, é necessário solicitar ao gerente que retire o seu nome do cadastro e requerer um recibo desta carta de solicitação, que comprova a liquidação do débito.­­

abril 25, 2011

As vantagens de um orçamento

Não é fácil elaborar um orçamento que mostre todas as despesas e receitas de forma realista. Mais complicado ainda torna-se quando vemos os resultados. Entretanto, existem inúmeras vantagens de se ter um orçamento na mão. Uma delas é ver para onde estão indo os recursos. Outra é descobrir quando o problema virá à tona.

Desta forma, ao saber exatamente qual sua limitação financeira, torna-se fácil controlar os gastos e fazer o dinheiro “render” mais, ou seja, durar até o próximo recebimento ou até sobrar para engordar a poupança. Para isso, não basta apenas deixar o orçamento no papel e esquecê-lo na hora do impulso. O plano deve fazer parte do seu dia-a-dia, pois a maior vantagem é o monitoramento da sua situação financeira.

O orçamento ajuda tanto no impulso, quanto na decisão de gastar o dinheiro e possibilita a criação de um plano de investimento. Ao mesmo tempo, é possível verificar quanto de crédito é possível tomar para comprar um bem que deseja, sem comprometer mais renda do que o limite de seu orçamento. Assim, você evita gastar a mais do que tem e passa a gastar melhor, quer dizer, com consciência. Comece guardando o que sobrou e, depois disso, coloque metas para sua poupança. Tudo com base no orçamento. Outro benefício importante de manter seu orçamento atualizado é permitir a tomada de decisões mais equilibradas no momento de imprevistos.

abril 13, 2011

Em busca do equilíbrio

Ter orçamento equilibrado não quer dizer abrir mão dos sonhos. O que importa é colocar na balança: quanto é possível comprometer o salário para conseguir comprar uma casa nova, o carro ou aquela televisão de última geração? O que deve ser levado em conta na hora de pegar um empréstimo? A prestação ideal é aquela que cabe no bolso? O que é spread bancário? Como utilizar o crédito da melhor forma possível?

Estes serão alguns temas tratados no blog Finanças na Balança, da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento). Aí vão as primeiras dicas ao leitor:

- viva conforme a sua renda e tenha em mente que o cheque especial é uma linha de crédito para emergências e não uma extensão do seu salário;

- compare taxas e não prestações;

- busque pagar em dia seus empréstimos, para evitar multas e juros;

- não entre no “efeito bola de neve”, quando ver que não dará conta de liquidar todas as dívidas, pague as mais caras. Tente trocar as dívidas mais caras pelas mais baratas;

- não comprometa uma parte significativa do seu orçamento com empréstimos ou consumo exagerado, lembre-se que as despesas gerais da casa (água, luz, telefone, aluguel, supermercado...) ocorrem todos os meses;

- o seu cartão pode ser seu maior amigo ou pior inimigo. É preciso saber utilizá-lo com cautela;

Pequenas mudanças de comportamento fazem a diferença no orçamento. É hora de repensar velhos hábitos e o blog Finanças na Balança veio para ajudar.

Primeiros passos para um orçamento equilibrado

Ganhar R$ 1.000,00 e gastar R$ 1.500,00 obviamente não é uma boa estratégia. Mas, guardadas as devidas proporções, não é incomum ver pessoas que gastam mais do que recebem mensalmente e utilizam de fontes de financiamento para fazer frente às despesas do dia-a-dia. Para evitar viver no sufoco e ter um orçamento equilibrado, ou seja, no mínimo igualar os gastos com os ganhos, é preciso repensar sua vida financeira.

O primeiro passo é enumerar todas as despesas mensais essenciais para manter sua qualidade de vida. Estas contas são aquelas básicas, que não podem deixar de ser pagas todos os meses: luz, telefone, água, aluguel, mensalidade escolar e gastos com supermercado. Planilhe tudo isso e veja quanto do seu salário já está comprometido mensalmente.

Nesse exemplo, vamos supor que mais da metade dos seus ganhos, cerca de 70% do total, está comprometido com os gastos básicos. Sim, é assustador! Pense com calma, é possível reduzir este percentual? Como fazer? Envolva toda a família neste processo. Lembre-se que, ao reduzir os gastos básicos, sobra mais para que sejam atingidos outros objetivos, como a troca do seu carro, satisfazer desejos de consumo ou aumentar as economias.

Um segundo passo consiste em verificar para onde está indo o restante do seu dinheiro. Lembre-se que os pequenos gastos juntos, tornam-se grandes despesas. Nestes custos estão incluídos: a gasolina do carro, a pizza do fim de semana, o chopp com os amigos e por aí vai... Não se surpreenda se chegar à conclusão de que grande parte do que sobrou após as despesas básicas estiver comprometido com o cartão de crédito ou para pagar os juros do cheque especial, pois o orçamento do mês passado ultrapassou o salário... Bom, não podemos mudar o passado, mas podemos melhorar o futuro. Portanto, puxe o freio, não viva acima das suas posses, evite os impulsos e, se estiver dependendo do cheque especial para sobreviver mês a mês, saiba que algo está errado.

O orçamento está fora da realidade, que fazer?

Já foi feita a auto-avaliação, gastos enumerados, e a conclusão foi de que os ganhos são bem menores do que o orçamento. Antes de entrar em pânico, verifique onde está o “buraco negro”. Manter um padrão de vida acima de suas posses gerou endividamento? 

Se a resposta for não, ufa! Busque evitar que isso aconteça, freando seus impulsos consumistas e, conforme conversado nos posts anteriores, adequando seu orçamento aos ganhos. Não é um trabalho simples. Claro que exige esforço diário, principalmente em época de liquidação... Mas vale a pena e, com certeza, as noites de sono se tornarão mais tranquilas.

Se a resposta for sim, mantenha a calma. A cada mês, está utilizando seu velho “amigo” cheque especial? Quantos dias por mês você precisa recorrer a este tipo de recurso para pagar as contas? É preciso lembrar que a função do cheque especial é de fornecer ao consumidor dinheiro rápido e de curto prazo em questões de emergências. Se precisar pagar uma conta hoje e seu pagamento entra amanhã, ótimo. Para isso, serve seu limite no banco. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o cheque especial não faz parte de sua renda.

Sair deste círculo vicioso requer disciplina. Primeiro faça a adequação das datas de vencimento das suas contas com a data de recebimento. O ideal é que as contas vençam alguns dias após o recebimento do salário, para não correr o risco de descasamento. Em segundo, pense no cheque especial como instrumento de emergência e, no caso de necessidade de um empréstimo, busque linhas mais baratas, como o próprio crédito pessoal e o consignado.

Coloque limites. Se precisar lançar mão do crédito para ajustar sua vida agora, lembre-se que deverá pagar a conta no futuro. Assim, pense que o valor da prestação do empréstimo não deve comprometer o percentual do rendimento destinado ao pagamento das contas mensais. Evite fazer novas dívidas até sanear o problema. Fazendo isso, será mais fácil realizar os sonhos no futuro próximo.