maio 31, 2011

Seja pró-ativo na renegociação de dívidas

Apesar de o crédito ser sinônimo de acesso bens, também pode tomar outro significado: inadimplência. A ascensão do poder aquisitivo no Brasil trouxe novos públicos demandantes de crédito. E, por tratar-se de um perfil de consumidor pouco habituado a lidar com prestações, muitas vezes, esse acesso facilitado pelo crédito torna-se um problema. De qualquer forma, a inadimplência atinge todos os perfis socioeconômicos. E o que fazer quando você se descontrolar? A saída é uma só: negociar a dívida.

Atualmente, com a cobrança deixando de se tornar uma área meramente operacional para receber importância estratégica dentro das corporações, sua profissionalização aumentou significativamente. São realizados até cafés para negociação, onde o inadimplente é convidado a um café da manhã em um hotel para chegar a um acordo com a instituição financeira. A busca é por auxiliar o devedor a resolver o seu problema.

Se você for proativo, melhor ainda. No caso de ter atingido um descontrole das contas, ficando com o nome nos cadastros de proteção ao crédito, busque conversar com os bancos e mostre que deseja quitar a dívida. As instituições tem consciência de que nem sempre o cliente fica devedor porque é mau pagador ou está agindo de má fé. Dessa forma, procure as condições de renegociação oferecidas. Não interessa a nenhuma instituição que seu cliente fique totalmente inadimplente e, muito menos, que deixe de ser cliente.

maio 30, 2011

Entendendo um extrato bancário

Para manter sua vida financeira organizada, não basta apenas organizar o orçamento. É preciso também acompanhar a movimentação do seu dinheiro no banco. Isso pode ser feito através da leitura do extrato bancário. Até pouco tempo, era comum escutarmos que as pessoas perdiam o controle de suas finanças através da emissão de cheques pré-datados. Hoje, no entanto, o cheque é um meio de pagamento menos utilizado, devido à proliferação do dinheiro de plástico: cartão de débito e crédito. Essa mudança de comportamento, entretanto, não reduz a importância de acompanhar seu extrato bancário.

O extrato bancário pode ser emitido a qualquer momento, em um caixa eletrônico ou via internet. Podemos, portanto, acompanhar todas as movimentações no mês a qualquer hora e em qualquer intervalo de tempo. Se você é daquelas pessoas que perde o controle fácil, a sugestão é que faça esse levantamento toda semana. Assim, poderá observar se os débitos feitos na semana anterior e verificar para onde está indo seu dinheiro. O ideal é fazer isso via internet banking, pois não há custos para a emissão do extrato.

O que deve, então, ser verificado? Primeiro veja as datas e compare os saldos. Olhe se os depósitos realizados no período correspondem ao seu planejamento. Após esse passo, é importante verificar o número e o valor total dos saques e pagamentos. Pode haver surpresas, ao ver que “de grão em grão”, ou melhor, de dez em dez reais, os saques somam um valor significativo.

Tenha cuidado também em observar se todos os débitos de contas realmente foram pagos. Caso contrário, programe-se para que haja dinheiro na conta, de forma a evitar ficar devedor. Por último, observe os cheques descontados. Todos os que foram emitidos no período realmente foram sacados? Existe alguma pendência? Se a resposta for positiva, não conte mais com esses valores na conta, pois já estão comprometidos. Por último, confira se o saldo disponível é o suficiente para fazer frente a todas as despesas futuras até a entrada de novos depósitos. Tente sempre casar os débitos com os créditos. Lembre-se: controlar suas finanças nunca é demais!

maio 25, 2011

Cuidados com a fatura do cartão

Pagar o total da fatura do cartão de crédito é essencial para manter o seu orçamento controlado. O cartão é um excelente instrumento e, se bem utilizado, torna-se um grande amigo. Mas, para usá-lo com cautela e saber para onde os gastos estão indo, torna-se essencial uma leitura cuidadosa do extrato. Sim, antes de sair pagando, o ideal é saber o que está pagando. Parece óbvio, porém quantas pessoas se dão ao trabalho de avaliar as faturas do cartão?

O primeiro benefício de avaliar a fatura é saber se há débitos indevidos. Algumas instituições tem o serviço de avisar o cliente na hora em que o cartão é utilizado através de mensagem pelo celular. Esse diferencial é muito útil para evitar qualquer tipo de fraude. Imagine, por exemplo, estar dormindo ou almoçando em casa e receber uma mensagem afirmando que seu cartão foi utilizado.

Tal fato não é tão incomum. Lembre-se que, mesmo com toda a tecnologia de segurança disponível, ainda existem casos de clonagem. Se você não utiliza um serviço como esse, fique atento a todos os gastos que teve no mês e avalie a fatura para ver se são correspondentes.

Ao fazer esse trabalho, aproveite e veja que tipo de gasto está priorizando. Será apenas consumismo, ou foram realmente importantes? As comprinhas comprometeram muito sua renda? Ainda existem muitos parcelamentos para os próximos meses? Se for esse o caso, pise no freio para não perder o controle nas próximas faturas.

Outro importante passo é pagar em dia a fatura. Se o cartão vence no dia 10, por exemplo, não pague somente no dia 11. Pague na data certa, pois assim você evita arcar com multas e juros pelo atraso. Por último, verifique se o valor pago na fatura anterior está correto. Caso tenha optado pelo pagamento mínimo na fatura anterior, você verá que o valor atual foi acrescido de juros e outros encargos. Bom, é tarde para se arrepender. Tente pagar sempre o total da fatura. Isso é possível através do controle de seus gastos.

maio 23, 2011

Compra da casa própria sem pânico

Todos sonham com a casa própria, mas sempre há o temor do compromisso de longo prazo. Um estudo do Data Popular mostrou que 74% das famílias que pretendem comprar um imóvel declararam ter algum medo relacionado à compra. A questão é que, quanto maior o prazo de financiamento, maior a probabilidade de imprevistos. Ao pensar assim, o pânico toma conta, mas não se esqueça de ver o outro lado: existem vantagens financeiras consideráveis em financiar a casa própria e sair do aluguel.

Compare o financiamento com o aluguel, que não é um investimento. O dinheiro do pagamento do aluguel já faz parte do seu orçamento, mas não é aplicado a uma conta e sim a uma despesa mensal que não gera nenhuma formação de patrimônio. Ao mesmo tempo, pense que não está desesperado para sair comprando qualquer imóvel e se comprometer com um financiamento de longo prazo a qualquer taxa de juros.

Cada passo nesse sentido deve ser calculado com cuidado. Assim, é preciso avaliar bem o imóvel. Verificar se o preço está na média do mercado, se o estado de conservação está bom, ou requer uma reforma, se a área de localização é boa e atende às suas necessidades. Entre todas as avaliações, a mais importante é: o valor financiado do imóvel é compatível com a sua renda?

Escolher bem antes de adquirir a casa própria é essencial para fazer um bom negócio. Não agir por impulso evita comprar um imóvel em péssimo estado e que exija gastos com reforma. Lembre-se que a reforma tem data para começar, mas não para terminar. Assim, o barato acaba saindo caro. Quanto à localização, se for muito longe do trabalho ou escola dos filhos, é preciso verificar se vale a pena, pois os gastos com deslocamento não podem ser esquecidos.

Por último, lembre-se que a compra da casa própria é um compromisso financeiro de longo prazo. E é preciso pensar também nos custos de manutenção do imóvel. Ao contratar um financiamento analise as condições e as taxas: certifique-se de que estará fazendo a melhor opção e procure garantir o pagamento das parcelas.

maio 20, 2011

Educação financeira começa em casa

Em uma economia voltada ao consumo, educar os filhos sobre como lidar com o dinheiro é um grande desafio. Seu filho sabe o quanto custa aquele brinquedo que ele tanto deseja? Quantas horas de trabalho suas vão precisar ser cumpridas para pagar os seus desejos? É preciso dar limites e mostrar que eles também precisarão ter controle de suas finanças para não terem problemas quando se tornarem adultos.

A educação financeira de uma criança deve começar desde cedo, não importa se ela esperneie, faça birra ou grite quando você não comprar tudo o que pede. Mostre que você precisa pagar as contas todos os meses e, se ficar comprando de forma desenfreada, vai faltar dinheiro no fim do mês. Lembre-se que o ser humano é consumista por natureza e, se você não criar seus filhos com limitações, pagará a conta depois. Não faz mal dizer que hoje não pode ou que está sem dinheiro.

Uma forma de ajudar a criança a entender o valor do dinheiro é pedir que ela pague a conta. Também é interessante dar uma quantia todo o mês para que seu filho, desde cedo, saiba lidar com o orçamento apertado. Assim, não adianta complementar a mesada deles caso o valor não seja suficiente para comprar tudo o que desejam. Ensine-os a economizar para adquirir os brinquedos mais caros, por exemplo. Sempre procure mostrar que os recursos são limitados.

Outra maneira de auxiliar o seu filho é comentar as despesas da casa e pedir ajuda para reduzir os valores. Converse sobre a conta de luz, por exemplo. Explique que, se ele mantiver todas as luzes e aparelhos ligados, o valor da conta aumenta e a família terá menos dinheiro para gastar com outras coisas ou poupar para uma viagem. Como as informações não chegam a elas, as crianças muitas vezes nem sabem quanto custa um banho demorado. Façam metas de redução de despesas juntos. Ao final, você verá que a família toda estará engajada e ganhará com isso.

maio 19, 2011

Cuidado com a fraude!

Não fique surpreso de você estiver numa loja, solicitar um cartão ou passar um cheque e descobrir que seu nome foi incluso na lista de restrição de crédito. Milhares e milhares de pessoas, que tinham certeza de não ter qualquer irregularidade com suas contas, já passaram por este constrangimento. O motivo são os golpes e fraudes realizados com documentos roubados ou clonagem.

Para evitar que isso aconteça, o consumidor pode tomar alguns cuidados simples. As empresas de serviço de proteção ao crédito contam com um canal que permite ao consumidor colocar um alerta de fraude em seu nome e número de CPF. Desta forma, as empresas saberão que as informações foram roubadas e precisará contatar o “proprietário real” dos documentos para aprovar o crédito.

Você também deve saber quais são os documentos que carrega, seus números etc. Assim, o ideal é ter uma cópia dos cartões e documentos pessoais que estão na sua carteira. No caso de perda ou roubo, será fácil saber o que foi extraviado e colocar no Boletim de Ocorrência, que serve de prova em caso de fraudes com documentos.

Outro importante passo é informar o banco imediatamente da perda dos cartões de crédito/débito. Algumas instituições enviam mensagens no momento em que as comprar são feitas com os cartões. Este serviço também é uma importante ajuda para a prevenção de fraudes ou uso em caso de perda, além de identificar, quase imediatamente, se o cartão foi clonado.

maio 16, 2011

Quando o cartão é seu melhor amigo

É comum as pessoas falarem do cartão de crédito como inimigo número um do seu orçamento. Reclamarem que os juros do cartão são muito elevados e ainda precisam pagar as anuidades. Mas o cartão é algo tão ruim assim? Muito pelo contrário, o uso correto do cartão traz uma série de vantagens para o consumidor, que tem uma linha de crédito à disposição com prazo para pagamento de até 40 dias, sem juros. Sim, se o total da fatura for paga rigorosamente em dia, não há incidência de juros. O cartão de crédito será seu melhor amigo.
  
A maior vantagem de se utilizar deste instrumento de pagamento é o poder de compra, ou seja, ele torna possível adquirir o bem hoje, como se tivesse dinheiro vivo nas mãos, e pagar somente no vencimento da fatura. Tal fato pode permitir ao consumidor ter um prazo de até 40 dias para o pagamento, sem precisar arcar com as despesas de juros. Desta forma, abre-se o seu acesso ao crédito imediato, sem necessidade de garantias, fiador, de preenchimento de notas promissórias e outras burocracias.

Outro benefício é poder parcelar os pagamentos, sem juros, ou cheque pré-datados, que podem parar nas mãos de terceiros ou serem depositados antes do prazo. Além disso, comprando através do cartão, o usuário tem a vantagem de acumular milhas, utilizadas na compra de passagens aéreas, descontos e outras vantagens adicionais. 

Os cartões têm algumas desvantagens, mas a maior parte dos problemas pode ser evitada com o uso racional desse instrumento de pagamento. Os juros do cartão de crédito, principalmente no rotativo, estão entre os mais altos do mercado, porém não são cobrados quando a fatura é paga em dia. O grande problema é que nem todos estão preparados para o acesso fácil ao crédito e acabam se perdendo nas compras. É preciso lembrar que diversas compras de baixos valores equivalem a uma compra de valor elevado. Desta forma, o que é vantagem pode se tornar desvantagem. Assim, cuidado com seu cartão.

maio 12, 2011

Você realmente precisa de crédito?

A decisão de pegar crédito deve ser feita de forma consciente. Avalie se realmente esta é a hora certa de tomar um empréstimo e tenha cuidado para não desequilibrar o orçamento. São perguntas como: é necessário adquirir este bem agora? Já liquidei todos dos financiamentos que tenho? Quanto tempo levará para eu conseguir quitar esta dívida? Quanto do meu orçamento será comprometido?

Em geral, quando os impulsos dominam, fazemos negócios desfavoráveis. Pense bem, compare taxas e preços e negocie o valor do bem, de forma a se aproximar o máximo possível do preço à vista. Pense que, se o preço à vista é menor do que o a prazo, você está pagando mais. Não veja o preço à vista, como um desconto, mas como o valor real da mercadoria.

Ao mesmo tempo, não esqueça que, ao avaliar o quanto do seu orçamento será comprometido por este novo financiamento, é preciso considerar as outras dívidas anteriores. Tente sempre quitar uma dívida anterior para fazer uma nova, mesmo que as prestações não sejam tão elevadas.

Outro cuidado é na comparação de taxas. A cobrança da taxa de juros varia de instituição para instituição e de acordo com o seu perfil de risco. Se o financiamento foi escolhido por impulso porque você viu aquela TV que sonhava todos dos dias na vitrine, com certeza a melhor taxa ficou para trás.

Mas se quer tornar o seu sonho em realidade, sem incorrer em decepções, pense, compare, procure promoções, avalie as oportunidades em diversas financeiras e tente guardar, ao menos, o dinheiro da entrada. Como última dica, avalie o número de prestações. Quanto menor o prazo, mais rapidamente o empréstimo é liquidado e os juros pagos são mais reduzidos.

maio 10, 2011

Golpe do “limpe seu nome”

Qualquer pessoa já recebeu uma mensagem do tipo “tenha seu crédito de volta” ou “limpe seu nome através de e-mail ou redes sociais. Mas atenção: É mentira! Não é possível limpar o nome ou excluir do registro sem pagar a dívida.

Os recursos de comunicação, por meio de mensagens eletrônicas, a chamada comunicação viral ou SPAM, vêm facilitando um novo tipo de golpe contra o consumidor, com ofertas milagrosas de recuperação do crédito das pessoas, propondo a exclusão do nome do SCPC. “O consumidor tem no crédito o principal instrumento para poder adquirir bens. Quando se vê privado dessa facilidade, cheio de dívidas, fica vulnerável a essas ofertas mirabolantes e, embora desconfiem que algo está errado, alguns acabam sucumbindo”,  ressalta a diretora de redes e parcerias da Boa Vista Serviços, empresa que administra o SCPC, Roseli Garcia.

Os oportunistas ofertam o serviço de realizar uma faxina nos registros de dívidas em nome do consumidor, em troca de um depósito bancário.  “O valor cobrado individualmente é pequeno.  Mas, considerando a quantidade de pessoas abordadas por essas ações via SPAM, ao final, o golpista acaba obtendo uma excelente receita”, diz a especialista.

As empresas que oferecem a exclusão da dívida com esse procedimento “facilitado” estão, na realidade, enganando os consumidores, servindo-se de uma situação para tirar proveito. Além disso, os oportunistas sabem que, raramente, o consumidor irá tomar alguma atitude. Afinal, como ele poderia reclamar de um registro de dívida que é real e cujo pagamento não foi efetuado? Como ele irá encontrar o golpista? Perseguindo um e-mail marketing?

Roseli explica que não é possível qualquer empresa ou pessoa realizar nenhuma exclusão do SCPC ou liquidar a dívida em qualquer empresa, sem antes realizar a quitação da dívida. “Mesmo que haja uma disposição para negociação por parte da empresa em que o consumidor deve, é necessário que haja o pagamento de uma parcela do acordo para que o nome seja regularizado”, lembra. Deste modo, para que o nome permaneça fora do SCPC, é preciso pagar todas as parcelas da renegociação.

maio 03, 2011

Faça a adequação das suas contas: dívida cara x dívida barata

No mercado de crédito existem diversos tipos de linhas de financiamento que podem ser acessadas pelo consumidor. As opções vão desde o cheque especial ao financiamento de bens de consumo e habitação. Mas como adequar um portfólio tão grande de produtos às suas necessidades? Quando você se dirige ao banco para fazer um empréstimo, as primeiras coisas que precisa ter em mente são: a finalidade e tempo do empréstimo.

Após responder estas duas questões, verifique quais as linhas mais adequadas às suas necessidades. Se o objetivo é sair da crise financeira, por exemplo, pense em pegar um empréstimo, com taxas de juros bem menores e liquidar a dívida mais cara, como a do cheque especial ou do cartão de crédito, por exemplo. Uma boa opção é usar o financiamento consignado, com desconto na folha de pagamentos. Neste tipo de linha, as taxas de juros são bem menores do que as outras existentes no mercado.

O mesmo acontece quando comparamos as taxas do cheque especial com as do crédito pessoal. Como o cheque especial é uma linha voltada para empréstimos emergenciais de curto prazo, com maior risco de inadimplência, os juros cobrados pelos bancos são bem mais elevados. Já os percentuais cobrados no crédito pessoal correspondem a menos da metade do cheque especial. O crédito pessoal é mais de longo prazo. Portanto, trocar um pelo outro, é o melhor negócio para evitar o efeito bola de neve do endividamento.