A
oferta de crédito para o consumo, que foi restrita no segundo trimestre, deve
ser tímida também no período de julho a setembro, de acordo com o Indicador de
Crédito para Consumo – Oferta Esperada, calculado pelo Banco Central (BC). As
operações de crédito para consumo são cheque especial, crédito pessoal,
financiamento de veículos e cartão de crédito.
O
indicador é expresso em uma escala de pontos que varia entre -2 e 2 pontos. A
pontuação em -2 indica mais restrição e em 2, mais flexibilidade.
Segundo
o Banco Central, o indicador de oferta para consumo ficou negativo em 0,07. A
instituição também divulgou a perspectiva para a demanda por crédito, que ficou
em 0,06 ponto, indicando tendência de aumento da procura por empréstimos.
Outro
dado é a perspectiva de aprovações esperadas no crédito para consumo pelas
instituições financeiras, que ficou em 0,06 ponto.
O BC
pesquisa ainda a perspectiva das instituições financeiras para a demanda,
oferta e perspectiva de aprovação de crédito pelos bancos para financiamento
imobiliário e empresas grandes e micro, pequenas e médias.
De
acordo com o indicador de demanda por financiamento imobiliário, a perspectiva
das instituições é estabilidade na oferta e melhora na demanda (0,25) e nas
aprovações de crédito (0,13). A pesquisa para esse indicador foi feita com as
principais instituições financeiras atuantes no crédito habitacional para
famílias, representando cerca de 95% do volume total de crédito do segmento.
No caso
das grandes empresas, deve haver queda tanto na demanda (-0,33), quanto na
oferta (-0,59) e na aprovação de crédito (-0,24) no terceiro trimestre deste
ano. Nesse caso, a pesquisa é feita com instituições responsáveis por, pelo
menos, 90% do volume de crédito para o segmento.
Para as
micro, pequenas e médias empresas, espera-se mais restrição na oferta (-0,38) e
melhora na demanda (0,50) e na aprovação de crédito (0,08). A pesquisa foi
feita com bancos responsáveis por cerca de 90% do crédito para essas empresas.